21.8.12

6 truques para passar de endividado a investidor


1) Não enxergue o controle financeiro como uma camisa de força
O controle financeiro é o principal conceito apresentado no livro. Os autores buscam mostrar como os pequenos gastos podem significar grandes montantes ao longo de um ano, não para condená-los, mas sim para deixar claro para o leitor qual é o destino exato do seu dinheiro. Uma vez feito isso, o leitor não precisaria reduzir todos os gastos, mas apenas passar a administrá-los da melhor forma. 
“Se uma pessoa gasta 200 reais em um jantar, o importante é saber quanto este gasto representa no final do ano, se ela tiver dinheiro para isso e é algo que traz muito prazer, ela deve gastar. As pessoas entendem finanças pessoais como você ser pão duro, como fazer escolhas mais duras, mas não é isso, é o contrário: sabendo quanto custa cada coisa, eu passo a fazer escolhas a partir dos meus gostos e preferências”, explica Samy Dana.
2) Contabilize gastos parcelados como uma única parcela
Os autores sugerem que na planilha de gastos mensais, as parcelas de uma compra não sejam contabilizadas mês a mês, mas apenas no mês em que o gasto foi realizado. Por exemplo, a compra de uma televisão de 1.000 reais, parcelada em 10 vezes de 100 reais, seria computada na planilha de gastos do mês que foi comprada como um gasto de 1.000 reais e não como uma parcela de 100 reais. 
Dessa forma, o leitor reservaria em um único mês 1.000 reais para a televisão, mas na realidade apenas 100 reais teriam saído da conta. Com isso, lhe restariam no mês seguinte 900 reais, no outro mês 800 reais e assim por diante. “O dinheiro fisicamente está na conta corrente, mas para o leitor, é como se ele deixasse de existir e a conta fica mais positiva. Assim, ele compra apenas o que teria dinheiro para pagar naquele mês. E, se ele não consegue pagar o valor total em um mês, nós sugerimos que ele adie aquele gasto para realizá-lo quando tiver capacidade efetivamente”, explica Fabio Sousa.
3) Identifique quais são as despesas semifixas e como reduzi-las
O livro propõe que todas as despesas sejam anotadas em uma planilha e que sejam divididas não apenas entre despesas variáveis e fixas, como geralmente é feito, mas também que haja uma terceira categoria, de despesas semifixas. “A despesa semifixa é aquela que você não consegue zerar, mas que pode reduzir. É o caso de uma conte de luz ou dos gastos com transporte", explica Sousa. As despesas fixas seriam apenas aquelas que têm o mesmo valor todo mês, como o condomínio, escola e a empregada doméstica; e as variáveis seriam os gastos com vestuário, lazer e outras despesas eventuais. 
4) Não espere o fim do mês para poupar
Depois de se livrar das dívidas e estar pronto para investir, o agora poupador deve reservar o montante destinado aos investimentos logo no início do mês, e não no final, aconselham os autores. “Depois que o leitor começa a entender quanto vai sobrar no mês seguinte, ele deve passar a poupar para investir logo no início de cada mês. Isto porque muitas pessoas que deixam pra fazer isso no final do mês veem que vai sobrar dinheiro e acabam gastando o que seria investido”, explica Sousa.
No livro, os autores apresentam quais seriam as melhores aplicações para quem está começando e sugerem principalmente investimentos em renda fixa. Há inclusive um apêndice dedicado apenas a explicações sobre as aplicações em Tesouro Direto.
5) Use o cartão de crédito de forma inteligente
Nem vilão, nem melhor amigo. Os autores fogem dos clichês do cartão de crédito para mostrar como usar os cartões de forma inteligente. Além da dica já comentada no item dois (de contabilizar as parcelas como um gasto único), eles orientam, por exemplo, que o leitor negocie as anuidades do cartão para que elas sejam reduzidas ou até suspendidas. E sugerem que, se houver um bom nível de organização e controle, pode ser vantajoso possuir três cartões de créditos diferentes. 
“Se o cartão é pago em dia, não são cobrados os juros do rotativo e o cliente tem a vantagem de ganhar milhas que podem ser usadas para pagar muitas coisas. E o cartão pode até ajudar. Ter dois ou três cartões de crédito com vencimentos diferentes, permite que alguns gastos sejam distribuídos de uma melhor forma. Mas, para isso, é preciso ter boa organização”, diz Samy Dana.
6) Não desista do planejamento financeiro no primeiro mês
Sousa conta que quando seus clientes começam a fazer o planejamento financeiro e colocam sua previsão de gastos na planilha orçamentária, muitos não se conformam ao ver os resultados do primeiro mês. “No final do primeiro mês eles percebem que esqueceram um monte de coisas e alguns chegam a chorar porque não sabem onde o dinheiro foi parar”, explica. Ele diz que alguns desistem no primeiro mês porque acham que o planejamento é muito trabalhoso e querem resultados quase instantâneos.
O casal de clientes usado como exemplo no livro, segundo conta o autor, quando iniciou a consultoria estava com a conta corrente negativa em 500 reais, passou no fim do mês a 852 reais negativos para só no mês seguinte, depois de dois meses, terminar com um saldo positivo de 61 reais na conta corrente e 600 reais em investimentos. “As dívidas não se resolvem de uma hora para outra. Às vezes não é possível resolver a situação no primeiro mês. É preciso anotar todos os gastos, até os bem pequenos para ver como resolver o problema. E alguns deles só são percebidos no segundo mês de planejamento”, explica Sousa. 
O livro “Como passar de devedor para investidor - um guia de finanças pessoais” custa 28,90 reais e pode ser comprado pela internet




1.9.11

A dificuldade de poupar é histórica

A gente sabe que não pode gastar mais do que ganha, mas vive tentando espichar o salário. Sabemos que dívidas implicam pagamento de juros, que o Brasil é recordista mundial na categoria e que juros pagos diminuem nosso poder aquisitivo. Mas seguimos fazendo dívida atrás de dívida.

A gente bem sabe que, para realizar grandes sonhos de consumo, o melhor é poupar, investir e depois comprar à vista e com bons descontos, pagando bem mais barato e levando para casa o produto já quitado. Mas... no dia a dia acabamos fazendo tudo diferente.

Por que a gente é assim? Minha experiência de duas décadas como planejador financeiro pessoal me indica três principais motivos: gostamos do que é bom; somos capazes de tomar decisões inteligentes e positivas; mas abandonamos o bom hábito de fazer contas e estamos cada vez mais cegos para o que realmente acontece dentro do nosso bolso.

Lembro-me de um quadro do programa Domingo no Parque. No centro do palco ficava uma cabine fechada em forma de foguete, onde entrava uma só criança. Em volta, maravilhosos brinquedos — bicicletas, patins, jogos —, mas também bugigangas sem valor, como vassouras quebradas e sapatos furados. Começava a brincadeira: do lado de fora, o apresentador Silvio Santos fazia à criança propostas do tipo: "Você quer trocar esta bicicleta nova por um tênis velho, quer?" A criança não sabia o que se passava lá fora, apenas era instruída a dizer "sim" ou "não" quando acendesse a luz vermelha.

 Dizemos "sim" para qualquer proposta de compra de produtos que nos oferecem

A luz piscava e era só "sim" atrás de "sim" — raramente um "não". Muitas vezes o pequeno saía de lá e descobria que havia levado, afinal, um tênis velho. Uma amiga psicóloga me explicou: antes de entrar, a criança focava sua atenção só nos brinquedos — coisas boas! — e cada esperançoso "sim" mirava inconscientemente neles. Mas, como não enxergava, fazia más escolhas.

Como consumidores, muitas vezes nos portamos assim: vamos dizendo "sim" a qualquer proposta de compra que nos apresentam, como se precisássemos mesmo de tudo aquilo para sermos felizes. E, para completar, também dizemos "sim" a qualquer crédito que nos seja ofertado.

O problema: não fazemos contas antes, e assim não enxergamos o real impacto de nossas decisões sobre o bolso. E depois ainda ficamos indignados: por que a gente trabalha tanto e só consegue sair dessa com um tênis velho?!
FONTE: VOCESA (Marcos Silvestre é autor de 12 Meses para Enriquecer - O Plano da Virada (Ed. Lua de Papel), economista, educador e planejador financeiro.
http://vocesa.abril.com.br/organize-suas-financas/materia/especial-organize-suas-financas-descanso-artigo-gente-assim-637515.shtml

E eu (Autor deste blog), acrescento: Os pais e as escolas tem a obrigação de conversar sobre dinheiro e ensina matemática fianceira aos filhos desde de pequeno. (Eu ensino a minha filha desde dos seus 04 anos, hoje ela tem 12 anos, e ainda está em treinamento).

22.7.11

Investindo em ações no longo prazo

Livro - Investindo em Ações no Longo Prazo
Logo no primeiro capítulo ele mostra um fato: a bolsa de valores para investimentos no longo prazo possui menos risco e mais rentabilidade que qualquer outro investimento. Não apenas nos EUA, mas como em vários outros países a situação é a mesma. Não apenas nesse século: o autor utiliza dados a partir de 1802 para chegar às suas conclusões!
Um aspecto interessante é que nos primeiros capítulos o autor te faz pensar de forma diferente sobre risco, mostrando ser uma variável que modifica com o tempo em intensidades diferentes a depender do ativo. Essa idéia é fundamental. Não tenho a menor dúvida que esse foi o livro em que eu aprendi mais coisas verdadeiramente úteis sobre ações.
Alguns capítulos, para nós brasileiros, não são obrigatórios, como p.ex. quando ele fala da composição histórica do DJI ou dos efeitos tributários de compra/venda de ações nos EUA.
O livro traz excelentes esclarecimentos quanto às questões que abalam a teoria dos mercados eficientes, como a validade da análise técnica, o "January Effect", a aparente supervalorização de small-caps e value stocks sobre large-caps e growth stocks, etc. Essas foram dúvidas que sempre tive e que foram ao menos parcialmente respondidas por Jeremy Siegel. Por outro lado, ele reafirma fatos já conhecidos e que reforçam a dita teoria, como p.ex. o retorno médio dos fundos de investimentos ativos ser menor do que o do mercado.
Apesar do autor falar muito pouco sobre as NTN-Bs americanas (as TIPS), achei fenomenal ele recomendar ao final do livro TIPS ao invés de bonds para investidores de longo prazo que por qualquer motivo não querem investir em ações... eu tinha chegado nessa mesma conclusão mas via pouca gente recomendando o mesmo. Faltaram, no entanto, mais estudos focados nas TIPS.
A parte mais fraca do livro é como ele lida com o grande bear market que houve no índice Nikkei do Japão no período 1989-2009. São 20 anos com retorno anualizado negativo, agravado pela pequena inflação que houve no período. Como defesa ele alega que se alguém investisse no DJI e no Nikkei na época que o Nikkei foi implantado, ainda com esse mercado bear monstruoso , aquele que estivesse comprado no índice Nikkei teria o dobro daquele investido no DJI. Argumento fraquíssimo, já que estamos falando de "holding periods" de mais de 50 anos. Como o caso japonês é um fato contraditório à teoria de Siegel, este deveria ser muito mais estudado e explicado no livro, o que não aconteceu.
O livro não é para iniciantes, mas também definitivamente não possui nenhum material muito avançado. O livro é claro e vai direto ao ponto, sem "frufrus".
Livro recomendadíssimo e com alto potencial de alterar toda a sua forma de operar ações!!! Nota 9,5 (não leva 10 por pecar na questão do Japão). http://viverderenda.blogspot.com/2009/07/critica-do-livro-investindo-em-acoes-no.html

4.7.11

Quem é careta?

A  acelerada e plugada geração Y é mais conservadora que os pais na hora de investir o dinheiro.
Por Juliana Schincariol
Eles são agitados, fazem várias coisas ao mesmo tempo, estão sempre plugados, são ambiciosos e querem subir depressa na carreira. Esse é o retrato da grande maioria dos brasileiros nascidos entre 1980 e 1995, a chamada geração Y. Qualidades como agilidade, arrojo e ânsia por fazer e acontecer perpassam quase todas as esferas da vida deles – família, trabalho e relacionamentos. No entanto, quando o assunto é dinheiro, a coisa muda de figura. Quem imagina que as pessoas dessa faixa etária sejam também audaciosas e não titubeiem na hora de assumir riscos, certamente vai se decepcionar. A moçada, é preciso dizer, é muito mais cautelosa, avessa a grandes emoções e careta na hora de fazer render suas economias.
É o que mostra uma pesquisa sobre os hábitos de investimento da geração Y promovida pelo Banco Santander, que consultou 100 mil clientes de todas as faixas de idade, pertencentes ao segmento Van Gogh, destinado ao público de alta renda. A conclusão da pesquisa, à qual a DINHEIRO teve acesso com exclusividade, é que a geração mais jovem e plugada, mais ágil e, de certa forma, mais descompromissada, é muito mais conservadora que seus pais na hora de investir.
Segundo a pesquisa, apenas 9,35% dos clientes da geração Y, que estão com o Santander há mais de três anos, possuem investimentos mais arrojados em sua carteira. O levantamento mostrou que 82,1% dos recursos alocados por essa geração buscaram a segurança da velha e pouco rentável caderneta de poupança. Já seus pais, os chamados baby boomers, nascidos entre 1946 e 1964, dedicam apenas 44,3% do seu dinheiro à tradicional caderneta. Essa geração tem muito mais ações e investimentos de risco em carteira do que seus filhos.
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É uma inversão de valores: se os pais são arrojados, os filhos são tremendamente certinhos – pelo menos na hora de falar com o gerente do banco. Segundo Edson Franco, superintendente de investimentos do Santander, que coordenou a pesquisa, os resultados indicam uma atitude muito mais cautelosa em relação ao dinheiro. Os investidores mais jovens não descartam a hipótese de dedicar uma fatia maior de seu patrimônio às aplicações mais agressivas, mas só quando tiverem um conhecimento mais aprofundado de como esses investimentos funcionam. Enquanto isso, a ordem é evitar riscos.
Como explicar essa mudança? A nova filosofia de investir está muito ligada às alterações profundas na economia brasileira dos últimos anos, em especial o fim da inflação. Quem nasceu em meados da década de 1980, tinha apenas dez anos de idade quando o dragão foi domado e a vida tornou-se mais previsível, de um ano para o outro. “Ao poderem planejar, o natural é que esses investidores comecem a investir pelo que é mais básico”, diz a consultora Nathalia Souza, especializada em pesquisa de mercado, que elaborou um estudo encomendado pela BM&FBovespa para saber o que faz com que os jovens invistam em ações.
De acordo com Nathalia, a relação das pessoas com o dinheiro mudou no Brasil. Em vez de perseguir as grandes metas que seus pais levavam toda a vida para alcançar, como a compra da casa própria ou do carro da família, eles agora têm objetivos menores, mais imediatos e mais acessíveis. “Os clientes mais jovens trocaram um grande sonho em um futuro distante por uma coleção de pequenos sonhos para daqui a pouco”, diz Nathalia. Essa previsibilidade combina melhor com aplicações mais garantidas, ainda que menos rentáveis. Também afasta os jovens das ações, que têm de ser encaradas como uma aplicação de longo prazo. “A promessa de rentabilidade precisa ser muito boa para que um investidor jovem se conforme em aplicar em uma ação durante três ou quatro anos”, afirma Navarro.
O estudante Gabriel Vichy, de 22 anos, é um bom retrato dessa perspectiva. Cursando engenharia civil em uma faculdade pública em Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, o rapaz não dispensa uma balada nem nos dias de semana, a não ser quando seu amado Fluminense entra em campo. Suas despesas se resumem à manutenção do carro, pagamento do cartão de crédito e telefone celular, além das viagens e lazer. Mesmo assim, ele não deixa de poupar. Todo mês, destina de R$ 100 a R$ 300 a aplicações como CDBs e títulos do Tesouro. Gabriel não segue os exemplos de casa.
Sua mãe, a empresária Rosângela Vichy, investe em ações e em fundos multimercados. “Ela só não arrisca mais porque meu pai não deixa”, diz Gabriel. Por enquanto, ele nem pensa em colocar uma pitada de risco nas suas aplicações. “Primeiro, estou juntando dinheiro e a bolsa está sem tendência, o que dificulta ainda mais a minha decisão”, diz. “Quando houver mais certeza, eu invisto.”
Outra mudança observada é que os jovens investem, ao passo que seus pais “guardam” dinheiro, o que indica que as motivações são totalmente diferentes. O “guardar” do passado significava proteger o dinheiro em meio aos solavancos da inflação e das crises econômicas. Essa conduta tem consequências ainda hoje, quando se comparam a parcela de investimentos conservadora dos jovens e do pessoal com mais de 30 anos. Os mais velhos, observa Nathalia, optam por investimentos que oferecem, antes de tudo, segurança, como cadernetas de poupança, título de capitalização ou previdência privada.
Já os mais jovens preferem investimentos de baixo risco, mas cujo principal chamariz é a rentabilidade, como CDB e fundos de renda fixa. “São aplicações procuradas por pessoas que não buscam se proteger, mas multiplicar seu patrimônio”, afirma Nathalia.
Não apenas os motivos, mas a forma de escolher o investimento mudou. A geração Y é extremamente curiosa e gosta de decidir por conta própria. Basta perguntar à analista de mídia paulista Nicole Esteves, de 22 anos. Boa parte de seus investimentos está em aplicações de renda fixa, como CDBs.
Ações? Claro! Mas não agora. “Eu pretendo investir no mercado de ações no futuro, quando compreender melhor como ele funciona”, diz ela. “Por enquanto, fico no que é mais seguro.” Segundo a consultora Nathalia, esses investidores são individualistas e preferem tomar as próprias decisões, ainda que seja depois de conversar com uma entidade impessoal conhecida como “a galera” – a rede de amigos virtuais. Não por acaso, os bancos têm apostado tantas fichas em ferramentas de comunicação para eles, em especial as redes sociais como Twitter e Facebook. “Essa geração faz parte da sociedade da informação”, diz o consultor financeiro Conrado Navarro, de São Paulo. “Se um gerente oferece um produto, a primeira coisa que ele faz é pesquisar na internet para entender como funciona.”
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13.6.11

8 formas de ajudar seu filho a ficar rico

Saiba como gastar tempo e dinheiro em coisas que realmente abrirão portas para ele no futuro
São Paulo - Todo mundo já sabe que ficar rico não é fácil, mas planejar o futuro financeiro e tomar decisões com muita antecedência é sempre a forma mais fácil de atingir seus objetivos. Veja abaixo oito formas de começar a preparar seu filho desde já para que ele possa desfrutar uma vida financeiramente confortável no futuro:
1 - Não eduque demais os filhos
Fazer um mestrado ou um doutorado costuma ser caro e demorado. Isso pode até soar como heresia para muita gente, mas nem sempre o investimento vai valer a pena. No livro "Pai Rico, Pai Pobre", um dos maiores best-sellers de finanças pessoais da história, os autores Robert Kiyosaki e Sharon Lechter defendem que o caminho mais curto para ficar rico é procurar acumular, o quanto antes, ativos que gerem renda e permitam conquistar a independência financeira. Eles qualificam de "corrida dos ratos" a busca constante por qualificações e títulos em escolas renomadas para conseguir melhores empregos. Do ponto de vista financeiro, dizem, faz muito mais sentido ensinar os filhos a farejar oportunidades nos mercados imobiliário e acionário que possam levar a ganhos maiores e mais rápidos. Em entrevista a Forbes.com, o economista Laurence Kotlikoff, da universidade de Boston, ilustrou essa mesma teoria de outra maneira. Ele afirma que, nos Estados Unidos, o ganho médio de pessoas graduadas em pedagogia ou psicologia não chega à metade do salário de um encanador. Outra vantagem do encanador é a de poder começar a trabalhar e ganhar dinheiro bem mais cedo do que alguém que precisa esperar até a conclusão de um curso superior. Kotlikoff não quer dizer que um diploma universitário ou uma pós-graduação não sejam importantes para ninguém. Mas ele aconselha o investimento na carreira acadêmica a quem adora livros. Quem sonha em ganhar um bom dinheiro precisa adquirir conhecimentos que valham dinheiro no mercado.
2 - Não se endivide para pagar uma faculdade cara demais
Laurence Kotlikoff, da universidade de Boston, também aconselha as pessoas a não se endividar para dar ao filho um curso de graduação em uma faculdade renomada. Há diversas faculdades no Brasil que chegam a cobrar mensalidades que somam 30.000 reais ou mais por ano de seus alunos. A dívida acumulada, seja por meio de empréstimos bancários ou pelo programa governamental de financiamento educacional Fies, poderá superar facilmente os 100.000 reais ao término da graduação. O governo brasileiro oferece duas oportunidades para os jovens estudarem de graça: as universidades públicas e as bolsas do ProUni. Se nenhuma das duas possibilidades estiverem ao alcance dele, não se desespere. Para Kotlikoff, é melhor fazer uma faculdade mais barata do que chegar ao mercado de trabalho bastante endividado. Afinal, diz o professor, talento e ambição são muito mais importantes para alguém ganhar dinheiro do que a escola onde ele estudou.
3 - De incentivos financeiros para seu filho tentar ganhar mais dinheiro
Não é fácil começar uma carreira, seja ela qual for. Quem acaba de entrar no mercado de trabalho geralmente não possui qualificações suficientes para ganhar muito dinheiro ou executar tarefas desafiantes. É natural, portanto, que seu filho fique desanimado com os primeiros anos de carreira. Uma forma de convencê-lo a continuar em busca de progresso profissional é dar incentivos financeiros que lhe motivem a buscar maiores rendimentos no futuro. A forma certa de fazer isso é depositar em uma conta que ele não possa movimentar uma quantidade de dinheiro proporcional a seus ganhos. Então, se ele ganha 2.000 reais por mês, você pode complementar a renda em mais 1.000 reais. Quando ele ganhar um aumento, também deposite mais dinheiro para ele. Só permita resgates nessa conta para a realização de sonhos importantes. Essa estratégia gera três benefícios: 1) mantém seu filho mais motivado com o trabalho; 2) cria uma reserva de emergência para ele; e 3) permite ganhos representativos no futuro com o recebimento de juros sobre juros.
4 - Ensine seu filho a cuidar do próprio dinheiro desde cedo
A maioria das pessoas costuma dar pequenas quantias de dinheiro aos filhos para que eles comprem um ingresso de cinema ou um lanche na escola. Ao invés de fazer isso, dê somas maiores de dinheiro uma única vez por mês e deixe ele decidir se vai gastar com uma roupa nova, uma viagem ou saindo à noite. Se ele gastar tudo em uma semana, não sinta culpa em dizer "não" quando ele lhe pedir mais dinheiro. Isso vai ensiná-lo a evitar desperdícios e a gastar com coisas que realmente valem a pena. No futuro, quando ele sair de casa para estudar em uma faculdade, dificilmente vai lhe telefonar para dizer que ficou sem dinheiro e que precisa de ajuda.
5 - Presentei seu filho com AÇÕES
O educador financeiro Mauro Calil é um dos maiores entusiastas da ideia de formar uma poupança para o filho com ações quando ele ainda é muito jovem. Diversos estudos mostram que, no longo prazo, a bolsa costuma dar retornos bem superiores à renda fixa. Ainda que isso nem sempre seja verdade, no longo prazo sempre haverá algum momento de alta no mercado em que será possível vender papéis de empresas sólidas com um bom lucro. Mantidas sob sua própria custódia, essas ações poderão garantir a seus filhos conquistas importantes, como estudos em uma boa faculdade, a compra da casa própria ou a possibilidade de abrir um negócio. Também vai ensinar a seu filho a importância de poupar no longo prazo e procurar aplicações financeiras de maior rentabilidade como a bolsa. Se os juros continuarem em queda no Brasil como se espera, provavelmente seu filho não terá a mesma chance de obter bons ganhos com investimentos de renda fixa como as gerações atuais.
6 - Alerte seu filho sobre o risco dos cartões de crédito
Quando bem-utilizados, os cartões de crédito permitem adiar pagamentos por algumas semanas e ganhar prêmios pela fidelidade a determinadas empresas. O problema é que, no Brasil, o consumidor só é obrigado a pagar 15% da fatura mensal do cartão e pode financiar a amortização do restante tomando o chamado crédito rotativo. O que parece uma facilidade, entretanto, representa uma grande armadilha. Os juros médios cobrados pelas empresas de cartão são absurdos e chegam a 11% ao mês. Alguém que tem uma dívida de 10.000 reais no cartão e decide parcelá-la em 12 vezes terá de desembolsar 18.480 reais para quitar suas obrigações com o banco. A "armadilha", portanto, terá custado 8.480 reais a seu filho. Não deixe ele cair nessa.
7 - Ajude seu filho a comprar uma casa
Quando seu filho começar a trabalhar, provavelmente logo vai perceber como é difícil comprar um imóvel. Os preços das residências deram um salto no Brasil nos últimos anos, principalmente em grandes capitais como São Paulo e Rio de Janeiro. Apartamentos novos de 100 metros quadrados chegam a custar mais de 1 milhão de reais em bairros nobres dessas cidades. Se você tiver condições de fazer isso, é uma boa ideia pagar a entrada do imóvel e dar ao seu filho a chance de comprá-lo o mais cedo possível. Há diversas razões para isso. Ele usará parte do salário para pagar as prestações de um bem que um dia será dele ao invés de encher os bolsos de outra pessoa pagando as parcelas mensais de uma residência alugada. Seu filho também estará protegido caso o mercado imobiliário brasileiro continue em alta. Presenteá-lo em vida também é uma forma de fugir dos custos de transmissão de herança, como inventário e impostos. Por último, se ele tiver comprado um imóvel de até 500.000 reais, poderá, durante a vida economicamente ativa, usar o FGTS a cada três anos para abater o saldo devedor do financiamento imobiliário ao invés de deixar o dinheiro depositado num fundo que rende só TR (taxa referencial) mais 3% ao ano.
8 - Se for dono de empresa, empregue seu filho
Muita gente tem pudor de empregar parentes na própria empresa, mas essa não é a decisão mais inteligente. Trazer seu filho para a empresa lhe dará a oportunidade de ensiná-lo a trabalhar duro e a entender o mundo dos negócios. Se um dia ele assumir o comando da companhia, provavelmente estará mais bem-preparado para a função. A experiência terá sido importante mesmo que, no futuro, ele decida seguir outra carreira. Seu filho já estará acostumado ao dia a dia de uma empresa, o que lhe dará uma vantagem competitiva em relação a outras pessoas que nunca trabalharam. Só tome cuidado para não deixá-lo mal-acostumado. De preferência, pague a ele salários compatíveis com a função e cobre o mesmo desempenho alcançado por outros funcionários.
FONTE: http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/8-formas-de-ajudar-seu-filho-a-ficar-rico?page=1&slug_name=8-formas-de-ajudar-seu-filho-a-ficar-rico

5.5.11

Bovespa e Discovery apresentam programa infantil de educaçao financeira

A BM&FBOVESPA e a Discovery Networks estao lançando a série 'O Porco e o Magro', que será veiculada dentro do bloco de programaçao Discovery na Escola, exibido pelo Discovery Channel. A série irá ao ar 2 vezes por semana, a partir de junho. Os episódios integram o programa Turma da Bolsa, que conta com 6 personagens, com o Porco e o Magro como protagonistas. O Porco é um professor de meia idade, formado em Economia por Harvard. Já o Magro tem 28 anos e é formado pela fictícia Escola de Magrópolis foto abaixo. Com a atraçao, Bovespa e Discovery querem ensinar um comportamento financeiro saudável.
Bovespa e Discovery apresentam programa infantil de educaçao financeira